Sexta passada assisti ao webinar “World Happiness Fest – Felicidade no Trabalho” que me fez relembrar e reviver a enorme afinidade que eu tenho com o tema a qual fiz especialização em 2013, a Psicologia Positiva.
Me recordei o quanto fez diferença em minha vida quando aprendi a aplicar na prática técnicas eficazes que possibilitaram a mudança do meu estado físico, mental e espiritual.
Infelizmente em alguns momentos, geralmente aqueles em que mais precisamos, acabamos por nos descuidar de mantermos firmes os nossos hábitos saudáveis. A mudança de hábito leva tempo, o nosso cérebro tende a optar pela lei do menor esforço, a manter a zona de conforto. Mas nem sempre a zona de conforto é tão confortável assim. Somos nós que criamos os nossos hábitos, que em algum momento fizeram sentido. Mas quando percebemos que existe algum comportamento, ou falta dele, que está nos impedindo de realizar um objetivo, é hora de refletir se não chegou o momento de mudar.
Na Psicologia Positiva, o que mais me atraiu foi a sua missão que é a “tornar a vida das pessoas mais produtivas e felizes”. Se trata de uma ciência que focaliza nas potencialidades e qualidades humanas. Segundo Martin Seligman (um dos maiores estudiosos a respeito) é um estudo que constrói uma visão do ser humano com ênfase em seus aspectos virtuosos. Um estudo de sentimentos, emoções e comportamentos positivos que tem como objetivo a promoção da felicidade humana.
Através do estudo das características humanas positivas é possível desenvolver qualidades que ajudem as pessoas, a muito mais do que resistir e sobreviver, mas sim efetivamente florescer (título do livro de Martin Seligman).
Na minha visão todos nós nascemos para florescer, para sermos felizes. E quando digo felicidade, não estou falando de alegria e de um estado permanente. Estou falando de um processo, de uma escolha, que só tem uma forma de começar, pelo autoconhecimento.
É preciso muito investimento do nosso tempo. O primeiro passo é a escolha, mais junto com ela, tem que haver uma dedicação constante para nos entendermos, entendermos o nosso perfil, os nossos talentos… Entendermos onde estamos e onde queremos chegar, e quais recursos teremos que utilizar e desenvolver para lançar mão nesta travessia pessoal e profissional.
Existem algumas teorias que divide Psicologia Positiva em pilares para uma melhor compreensão do que precisamos conhecer e onde atuar para alcançarmos a felicidade autêntica e o florescimento. Como por exemplo, crença, valores, forças humanas, emoções positivas, engajamento e sentido de vida.
Considero todos estes fatores fundamentais para o autoconhecimento, como experiência própria, durante a especialização, pratiquei vários exercícios e ao final do curso foi muito gratificante quando pude me perceber de outra forma, uma visão de mim mesma mais ampliada e consciente. Ao invés de só focar no copo meio vazio, ampliei a percepção sobre mim, sobre as minhas potencialidades, o que contribui muito para a formação da minha carreira como consultora.
Por este motivo, mais uma vez agradeço a Daniela Carreira que compartilhou o link deste webinar comigo e me possibilitou relembrar quão importante e poderosa é a Psicologia Positiva. Neste momento que passamos de pandemia, “olhar para as nossas forças” pode ser uma poderosa injeção de ânimo. Precisamos dedicar o nosso tempo a assuntos que nos tornarão mais fortes para lidar com tudo isso.
Deixo aqui uma singela contribuição, um poema que escrevi há muitos anos e que agora resolvi compartilhar com o universo. Primeiro foi no capítulo que escrevi no livro “Vozes Femininas – Não interrompidas”, lançado mês passado. E agora neste artigo. Acho que tem tudo a ver com o texto.
FELICIDADE
Feliz Idade
Promessa de vida
Que todos queremos
Mas que não sabemos
como podemos alcançar
Busca constante de todos
Por algo que parece tão distante
Mas que na realidade está lá
Dentro de nós
Feliz Idade
Um momento único?
Não, não creio
Momento de anseio
que se torna realidade
Somos todos felizes quando entendemos
Que fazemos parte
Que a famosa “Felicidade”
É apenas a vida
Vida vivida plenamente
Inteiramente consciente.
Cláudia Almeida